sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Como se preparar para conseguir um estágio/pós/etc no exterior?

O primeiro de tudo é decidir exatamente o que você quer, seja um estágio, um mestrado ou o que quer que seja. Se sua idéia é apenas ir para o exterior, de uma forma geral, tente se preparar para todas as opções. A maioria das dicas valem para ambos os casos (por exemplo, alguns estágios também pedem o comprovante de proficiência e programas de pós-graduação também pedem CV) mas separei conforme os itens mais relevantes de cada opção. 

Caso seu interesse seja um estágio, veja o que a maioria dos estágios na sua área pedem e, se possível, o formato. Por exemplo, se sua área for design muitos empregadores podem pedir um portfolio. A melhor coisa a se fazer é manter o seu portfolio sempre atualizado para que, caso você descubra uma vaga no último dia de fazer inscrição, a maior parte do trabalho estará pronta já. 

Seguindo a mesma linha, tenha sempre um CV/résumé atualizado para que, caso você precise mandar, ele no máximo precisará de pequenos ajustes. O ideal é ter um arquivo-base com várias páginas (caso tenha informações pertinentes para várias páginas) e, conforme a vaga desejada, você altera de arquivo para atender melhor ao que o empregador procura. O mesmo vale para o currículo lattes que poderá ser exigido caso a seleção seja feita por órgãos brasileiros. 

Outros empregadores podem exigir um ano de curso de graduação/pós específico então neste caso não tem muita opção. O que podem pedir também, por exemplo, é uma média (ou GPA) específico. Neste caso o ideal é ter uma boa noção de qual é seu GPA e se ele for baixo, tomar alguma providência para que ele aumente. Você pode pesquisar vagas na sua área para ver o que é normalmente pedido mas, na dúvida, tente manter um GPA em torno de 3,0 (em 4). 

A dica geral é procurar o tipo de vaga que você deseja, tentar perceber algum item em comum e deixar preparado uma prévia do arquivo que deverá ser enviado. Isso evita que você monte seu CV em um dia e esqueça informações importantes, por exemplo. 

No caso das pessoas que querem se preparar para um curso de graduação ou pós-graduação no exterior existem algumas provas, por exemplo, que se feitas com antecedência ajudam muito no processo de seleção. Para os que sabem o país que desejam ir, é possível já direcionar a prova de proficiência a ser realizada. Em muitos casos, fazer a prova com antecedência elimina diversos problemas como falta de vagas, ter que viajar para fazer a prova, não saber o resultado antes de enviar os documentos, não ter recebido o certificado (que pode demorar muito) oficial, falta de tempo para se preparar para a prova, entre outros. No caso de quem não sabe o país, isso pode complicar mas é possível pelo menos se preparar para as possíveis provas para, quando surgir a oportunidade, a fase de preparo não será o problema. 

Outras provas que podem ser pedidas são as de conteúdo (não de idioma) como: SAT, GRE, LSAT, MCAT, GMAT, etc. A justificativa é a mesma que a dada para as provas de proficiência com o fator adicional que geralmente essas provas são consideradas mais complicadas que as de proficiência, sendo necessário um tempo maior de preparo. O primeiro passo neste caso é saber a prova mais adequada para você e começar a se preparar.

Muitos programas podem pedir cartas de recomendação e portanto é interessante já conversar com algumas pessoas (professores/orientadores/chefes/etc) para que eles estejam cientes que você pode vir a pedir uma carta para eles e claro, ver se os mesmo aceitam escrever uma carta para você. Evite pedir as cartas com antecedência pois muitas colocam formatos específicos, limite de data, entre outros fatores que limitariam o uso de uma carta já pronta. 

Preparar uma carta de motivação/cover letter pode ser interessante para quem tem uma visão bem clara do programa que busca (podendo ser também um programa de estágio pois muitos pedem uma carta para os interessados). No entanto, evitem mandar uma carta pronta pois estas devem ser  sempre que possível personalizadas.    

Caso esteja procurando um programa de pós-graduação, existe uma grande chance que o mesmo peça uma tradução juramentada do seu histórico. Caso já saiba a língua do país que pretende estudar, é possível já deixar este documento preparado para quando seja necessário. O lado positivo é que você evita múltiplos gastos em um mesmo mês, diluindo as despesas do processo, e evita taxas de urgência para tradução. O lado negativo é que se o programa possibilitar uma tradução não-juramentada, você "perdeu" parte do dinheiro. Caso não queiram realizar a tradução previamente, é possível ir procurando referências de diversos tradutores para que, quando necessário, você já saiba o melhor profissional para procurar.

As próximas dicas são para pessoas um pouco mais neuróticas ou com casos mais específicos, que querem se preparar bem. Caso seus planos sejam de, possivelmente, visitar algum país que pede a vacina contra febre amarela (Certificado Internacional de Vacinação), pode ser interessante providenciar logo. Muitas cidades não possuem este serviço (veja a lista aqui) mas, caso você já vá a alguma cidade que o disponha, poderia aproveitar a ida. 

Você pode começar a pesquisar as condições de cada país em relação ao visto. Por exemplo, o visto da Holanda é muito caro (600 euros para intercâmbio) o que pode ser um grande problema. Já outros países, como o Canadá, o processo para quem fica mais tempo inclui um exame médico (caro!). Não é 
bom ser pego de surpresa depois que já foi aprovado no processo inteiro. Outros países, como os do Mercosul, brasileiros podem entrar sem passaporte, o que tornaria o processo de uma forma geral mais barato. Ainda em relação ao visto, caso você seja casad@ e/ou tenha filhos, países com uma certa tolerância ao seu caso (emitir também o visto para o cônjuge de um estudante por exemplo) podem ser mais interessantes. 

Espero que estas dicas ajudem a tornar seu processo mais fácil e, caso queira compartilhar sua dica, deixe um comentário! 




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